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EDITORIAL

Muse #15 Ste Ribeiro

Stephanie Ribeiro é uma arquiteta brasileira que se destaca pela sua abordagem única e inovadora no design de interiores e arquitetura. Seu trabalho vai além da estética, unindo sofisticação, identidade e inclusão

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Com uma trajetória marcada por projetos que celebram a diversidade, ela é reconhecida por transformar espaços em reflexos genuínos de quem os habita. Apaixonada por criar ambientes que contém histórias e acolhem, Stephanie é uma defensora da arquitetura como ferramenta de empoderamento, trazendo sensibilidade e elegância a cada projeto.

Quem é a sua maior influência?

Ao longo da minha vida, meu avô teve um impacto enorme sobre mim. Quando eu era pequena, ele adorava sentar comigo e contar histórias sobre sua vida e as aventuras que teve pelo Brasil—nas pescarias, na infância no interior. Meu avô era um homem de origem indígena e negra, e a oralidade sempre teve um significado muito profundo para ele. Ao compartilhar suas experiências, ele me fez querer viver as minhas próprias histórias, sem amarras de gênero ou limitações impostas.

Tudo o que faço na vida é pensando: quero ter boas histórias para contar. Acredito que é dele que vem esse meu senso de liberdade e essa vontade de explorar o mundo.

E seu ícone fashion, quem é?

Tenho dois favoritos, ambos por seu uso de cores e pela forma como desafiam padrões na moda. Tracee Ellis Ross é uma delas—tanto que, recentemente, no Baile da Vogue, usei um vestido inspirado em um Valentino icônico que ela usou. Amo sua estética, suas escolhas ousadas e sua paleta vibrante.

Também sou completamente apaixonada pelo estilo de Aurora James. Ela tem um toque romântico e sofisticado, com um uso de cores sempre elegante. Além disso, temos uma coincidência curiosa: temos o mesmo tipo de cachorro! Hahaha. Eu já a admirava há anos, e um dia, do nada, ela apareceu com um chow chow preto, exatamente como o meu. Outra coisa que me fascina nela é sua marca de sapatos—e sapatos, definitivamente, são meu grande vício.

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O que te inspira?

A frase: "Matar a culpa, salvar o desejo."

Nós, mulheres, nascemos carregando uma culpa imensa. Então, me inspira a ideia de tentar anulá-la um pouco e simplesmente experimentar a vida.

Eu amo viver, me aventurar, me jogar no desconhecido—pular de asa-delta, subir no Pico da Montanha Colorida, flanar sozinha pelas cidades italianas, acordar num domingo e sair andando pelo bairro sem rumo. A vida precisa ser vivida, e para isso, precisamos experimentá-la sem culpa e sem medo.

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Um livro de cabeceira?

Meu livro favorito sempre será Adeus, Haiti. Gosto de como, a cada releitura, ele me traz novos significados.

Ultimamente, tenho refletido muito sobre nossas trajetórias pessoais e como tentamos organizar a vida em um enredo linear. Recentemente, li o artigo A Ilusão Biográfica, de Bourdieu, e acho interessante como nos apegamos à ideia de que nossa história precisa ter um começo, auge, decadência e fim—como se fosse um filme. Mas a vida real não é assim. Ela é feita de atravessamentos, de múltiplas versões de nós mesmos.

Talvez seja por isso que eu amo Adeus, Haiti, porque sua narrativa surpreende, transborda, escapa das fórmulas prontas.

Outro livro que me marcou recentemente foi A Vida Não É Útil, de Ailton Krenak. Ele me fez pensar sobre o quanto tratamos nossa própria existência de forma objetificada. Adoro quando ele diz: "Temos que ter coragem de ser radicalmente vivos."

Acho que esses dois livros são ótimos para ter sempre por perto.

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Uma música para escutar on repeat?

Posso puxar a sardinha e escolher uma música do meu namorado? 😆 Inclusive, fui responsável pela direção criativa da capa desse álbum e do videoclipe, então minha escolha é: High Vibrations. https://open.spotify.com/prerelease/2PBLg2DWr8XJADBxvagflX

Qual sua receita favorita?

Sou apaixonada por torta de limão. E estou sempre em busca da torta de limão perfeita.

Sempre que viajo, provo essa sobremesa em diferentes lugares, tentando encontrar o equilíbrio ideal entre a crocância da base e o creme aveludado e cítrico do limão. Ainda não achei a torta perfeita, mas essa busca já se tornou um item da minha lista de pequenos prazeres.

E você é fã de qual artista? Por quê?

Sou completamente fascinada por Solange Knowles. Tenho várias revistas, livros e materiais sobre ela—simplesmente amo tudo! Seu estilo, sua música, suas capas de vinil (que, aliás, eu coleciono) e, claro, sua estética como artista.

Acho incrível como ela transita entre áreas—música, direção criativa e até mesmo arte para museus. Isso me atrai muito, porque eu gosto de artistas que vão além de lançar apenas uma música legal. Gosto daqueles que criam conceitos, universos visuais, experiências imersivas.

Por isso, claro, também adoro Beyoncé, sua irmã. E, entre os artistas masculinos, meus favoritos são Tyler, the Creator e Frank Ocean.

No Brasil, meus clássicos são Gilberto Gil e Jorge Ben—inclusive, tenho uma pasta só com as capas de álbuns deles que mais amo. Mas Solange é minha número um, minha grande referência. Sou completamente apaixonada por ela. Pensando em arte para além da música, eu amo Georgia O'Keeffe. Inclusive, em uma viagem para Washington, tive a oportunidade de ver algumas de suas telas ao vivo.

Um dos meus grandes sonhos, que espero realizar em breve, é visitar sua casa no Novo México.

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